LITURGIA / ANO B – 31º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 04/NOV/2018

* Solenidade de Todos os Santos e Santas *


1a Leitura - Ap 7,2-4.9-14: "Vi uma multidão imensa de todas as nações”.

2a Leitura - 1Jo 3,1-3: "Somos chamados filhos de Deus".

Evangelho - Mt 5,1-12: ”Alegrai-vos pela vossa grande recompensa.”

A liturgia deste domingo nos motiva a fazer memória dos Santos e Santas, aquelas pessoas que, conhecidas ou anônimas, são presenças inspiradoras para nossa desafiadora caminhada espiritual. Não são unicamente os santos canonizados, mas também outros bem mais numerosos e ignorados que souberam, com o auxílio da graça divina, manter e aperfeiçoar durante a sua vida a santidade recebida no batismo. São anônimos e constituem uma multidão incontável de toda nação, raça e língua descrita pelo Apocalipse (1ª Leitura). A condição dos santos não era, nem é impecável, assim como a da comunidade da Igreja que é santa e pecadora ao mesmo tempo. A santidade é resultado da ação de Deus unida à resposta do homem e da mulher. Mas a fonte e a iniciativa estão em Deus.

Sua é a gratuidade e a generosidade: “Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” (2ª Leitura). Esta é a prova do amor de Deus para conosco: a filiação divina que ele nos concede por meio de seu filho unigênito Jesus.

A santidade é a resposta do cristão a esse dom e presença de Deus. Trata-se de um amor responsável que responde a um amor que o próprio Deus nos dá, vivido nas situações simples no cotidiano, pois para amar a Deus e servi-lo não é necessário fazer coisas extraordinárias.

A Solenidade de Todos os Santos vem nos recordar a vocação à qual todos somos chamados: vocação à santidade. E santidade significa, na sua essência, ser presença misericordiosa. Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso” (Lc 6,36). O chamado a prolongar o proceder misericordioso de Deus, sempre tem um “mais” de amor, de paz, de mansidão, de justiça, de consolação…, vivido na relação com os outros, dentro do acontecer cotidiano e imprevisível da vida. Portanto, é nas bem-aventuranças (Evangelho) que encontramos um “modo de proceder” que nos faz crescer na direção da santidade de Deus. É na vivência das bem-aventuranças, com o auxílio da graça divina, que deixamos transparecer o que há de mais divino em nós; ao mesmo tempo, elas fazem emergir o que há de mais humano em nossas vidas.

Em Cristo manso, misericordioso e pacífico acha o cristão a realização das bem-aventuranças evangélicas.

[Fontes: “Falar com Deus”, “Nas Fontes da Palavra” e “Intimidade Divina” / adaptação: Wilson]

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