LITURGIA / ANO C – 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 30/JUN/2019

* Festa de São Pedro e São Paulo *


1a Leitura - At 12,1-11: ‘O Senhor enviou o seu Anjo’ para me libertar’!

2a Leitura - 2 Tm 4,6-8.17-18: ‘Combati o bom combate, guardei a fé’.

Evangelho - Mt 16,13-19: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus!

Celebramos hoje a Festa de São Pedro e São Paulo, duas vidas de entrega incondicional a Cristo, ambas culminando com o martírio ocorrido em Roma em torno do ano 65. Pedro mais atuou como apóstolo junto aos judeus e Paulo foi o mestre que mais interpretou a fé cristã junto aos outros povos.

Encontramos na 1ª Leitura, o relato de uma das prisões de Pedro, ordenada por Herodes para agradar aos judeus. Para Pedro, porém ainda não havia chegada a hora suprema e assim, enquanto “se elevava incessante oração da Igreja a Deus por ele”, vem o Anjo do Senhor para libertá-lo. Paulo é também apresentado em cadeias na 2ª Leitura, mas a sua prisão é definitiva e terminará com a condenação à morte. O Apóstolo está ciente de sua sentença, mas suas palavras não revelam a menor amargura e sim serena alegria por saber que dera a vida pelo evangelho: “Combati o bom combate, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça que o justo Juiz dará não somente a mim, mas a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”. No Evangelho, Jesus revela ser Pedro a “pedra” sobre a qual quer edificar a sua Igreja. Abraão fora chamado a rocha da qual o povo de Israel havia sido formado (Is 51,1s). Pedro se torna patriarca do novo povo de Deus, a rocha firme sobre a qual este novo povo deverá ser constituído. Em contraposição aos fariseus, advertidos por Jesus por “fecharem o reino dos céus aos homens” (Mt 23,13), Pedro recebe uma nova autoridade por meio de Cristo: “Eu te darei as chaves do reino dos céus; tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado no reino dos céus” (Mt 16,19). Entretanto, a autoridade de Jesus não tem nada a ver com o poder que domina ou a liderança que se impõe. Jesus despoja-se do poder. Sua autoridade é caminho para o serviço e a promoção da vida.

Nenhum ser humano é mais que outro, nem está acima do outro. A única autoridade que Jesus admite é o serviço. Jesus tem “autoridade” porque o “centro” está no outro: Ele veio para servir. Pedro não pode suplantar a multiplicidade dos enviados, nem os diversos mandatários de Jesus Cristo (apóstolos, bispos, etc.). Por outro lado, estes não podem prescindir de Pedro na sua singular função de garantir a autenticidade da Igreja.

É também Pedro, a “pedra” de alicerce da Igreja para nós? Hoje o Papa Francisco é esse Pedro!

[Fontes: ‘A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração’; ‘Intimidade Divina’ e ‘A Palavra de Deus e Nova Evangelização’' / adaptação: Wilson]

 Baixe o PDF