LITURGIA / ANO C – 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/AGO/2019

* Vida de fé e de espera *


1a Leitura - Sb 18,6-9

2a Leitura - Hb 11,1

Evangelho - Lc 12,32

Vida de fé e de espera são os temas em torno dos quais pode ser sintetizada a liturgia deste domingo. Começa com um amplo elogio à fé dos antigos que em meio das dificuldades, creram que Deus seria fiel em cumprir suas promessas.

Assim, a  Leitura recorda a dramática libertação do povo hebreu que acreditou nas promessas divinas e iniciou sua marcha libertadora do Egito.

Continua o tema da vida de fé na  Leitura, onde é descrita a figura de Abraão: toda a vida do patriarca está ritmada por sua admirável fé. A e a espera (esperança) caminham intimamente ligadas. Nos evangelhos, encontramos diversas exortações, parábolas e chamados que só tem um objetivo: manter viva a esperança e a responsabilidade do seguidor de Jesus.

Uma das advertências mais conhecidas é a que encontramos no Evangelho deste domingo: “Tende cingido vossos rins e suas lâmpadas acesas”. Os judeus costumavam usar túnicas folgadas e por isso cingiam-nas com um cinturão para poderem andar e executar determinados trabalhos. “Ter as roupas cingidas” é uma imagem expressiva utilizada para indicar que alguém se prepara para realizar um trabalho, uma missão ou para empreender uma luta.

As insistentes recomendações que recebemos, ao iniciar uma viagem aérea, contém um tom de advertência: somos informados que vamos passar por um momento de certa gravidade e nos recordam que a decolagem e a aterrissagem são ocasiões de risco e de instabilidade; por isso é preciso preparar-se e dispor-se. O aviso “afivelem seus cintos de segurança” corresponde ao imperativo “tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas”, proferido por Jesus no Evangelho deste domingo. “Ter as lâmpadas acesas” indica a atitude própria daquele que está de vigia ou a espera da chegada de alguém.

O ser humano é um ser de “espera”. Nesta vida, todos nós esperamos algo que está sempre à nossa frente, além de nossas possibilidades atuais. O nosso coração está habitado por esperanças de todo gênero. O que nos diferencia é a qualidade, a consistência e o realismo de nossas esperanças. A esperança do cristão é uma força real. Ele não espera em um Deus mistério, desconhecido, mas um Deus que já se deu a conhecer em Jesus Cristo. Sua vida é um contínuo estar em alerta. Ele precisa viver com os olhos abertos às vindas surpresas de Deus, precisa estar com os ouvidos atentos para escutar Seus passos. É estar em prontidão para abrir a porta de seu coração, a qualquer momento, a Deus e aos irmãos (ãs).

Fontes: “Intimidade Divina”; “A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração” e “Palavra de Deus e Nova Evangelização” / adaptação: Wilson]

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