LITURGIA/ANO C – SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE N. SENHORA – 18/AGO/2019

* A Glorificação de Maria *


1a Leitura - Ap 11,19;12,1.3-6.10

2a Leitura - 1Cor 15,20-27

Evangelho - Lc 1,39-56

O mistério da Assunção desperta imagens de movimento, de atração para cima, de impulso ascensional; nosso olhar é atraído para a altura e vemos Maria elevada para a plenitude que chamamos “céu”. Ao falar da Assunção nos referimos ao cume do processo vital de Maria, o resultado final da obra que Deus realizou naquela que não colocou nenhuma resistência à sua ação: “Faça-se em mim…”. A proclamação do dogma da Assunção foi uma maneira de revelar que a salvação de Maria foi absoluta e total, ou seja, que alcançou sua plenitude. Essa plenitude só pode consistir em uma unificação e identificação absoluta com Deus. Maria foi “aspirada” para “dentro” de Deus.

A 1ª Leitura extraída do Apocalipse, leva-nos a associar o mistério de Maria ao mistério da Igreja. Na mulher que dá à luz a um filho que vai reger as nações e levar a salvação aos povos, vemos certamente Maria e vemos também a Igreja, que continua a dar Cristo ao mundo.

Na 2ª Leitura ouvimos São Paulo falar aos Coríntios acerca da ressurreição de Cristo e da nossa própria ressurreição. Não podemos dissociar Maria deste plano divino. Ela constitui as primícias dos ressuscitados, a primeira da família humana a participar do triunfo de Jesus.

O Evangelho, na sequência do episódio da Visitação, faz-nos ouvir o Cântico do Magnificat que no dia da sua Assunção adquire um significado especial. Recapitulando toda a sua vida, Nossa Senhora pode com toda a verdade louvar o Senhor, que olhou para ela e a encheu de todos os dons e graças. Maria, pela inflexibilidade de sua fiel obediência suporta o silêncio do seu filho durante 30 anos: Ela não é outra senão a mulher feliz que acreditou: “Bem-aventurada, tu, que acreditaste”. Mas ela é também a mulher da graça de Deus e sua fé vive totalmente desta graça. O sim de Maria (isto é, a sua fé) é a obra da graça. Sua humildade é a situação da criatura. Em Maria se opera a salvação da humanidade. Por isso, a Escritura coloca em seus lábios o louvor: “Minha alma exulta, meu espírito rejubila de alegria em Deus… porque olhou a humildade de sua serva, doravante todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc 1,46ss). A festa da Assunção é para nós a ocasião de reavivarmos nossa ligação a Nossa Senhora. O Concílio “Lumen gentium” declara: <<A Mãe de Jesus, já glorificada em corpo e alma, brilha como sinal de esperança segura e de consolação para o Povo de Deus peregrinante até que chegue o dia do Senhor >>. Compreendendo a mensagem deste sinal, os cristãos, ao cultivarem a devoção à Maria, esforçam-se por cumprir fielmente a sua missão na Igreja!

[Fontes: “L'OSSERVATORE ROMANO”, “Nas Fontes da Palavra”, “Falar com Deus” e “A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração” / adaptação: Wilson]

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