LITURGIA / ANO B – 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 01/JUL/2018

* SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS *


1a Leitura - At 12,1-11: “Sei agora que o Senhor enviou o seu Anjo”.

2a Leitura - 2a Tm 4,6-8.17-18: “Está reservada para mim a coroa da justiça”.

Evangelho - Mt 16,13-19: ” Tu és Pedro e Eu te darei as chaves do Reino”.

Celebramos hoje a festa dos apóstolos São Pedro e São Paulo, ambos martirizados em Roma: Pedro pelo ano de 64 e Paulo no ano de 67. Pedro foi o primeiro a professar a fé e fundou a Igreja primitiva atuando como apóstolo dos judeus. Paulo foi o mestre que mais estendeu a Igreja a outros povos.

Encontramos na 1a Leitura o relato de uma das prisões de Pedro ordenada por Herodes. É assim envolvido Pedro na mesma sorte de Jesus visto que “o discípulo não é melhor que o mestre” e Cristo prevenira: “A mim perseguiram, perseguirão a vós também”. Para Pedro, porém, ainda não chegou a hora suprema e enquanto “se elevava incessante oração pela Igreja a Deus por ele”, vem o Anjo do Senhor para libertá-lo. Paulo é também apresentado em cadeias na 2a Leitura, mas a prisão é definitiva e terminará com sua condenação à morte. O Apóstolo está ciente de sua sentença, todavia suas palavras não revelam a menor amargura e sim serena alegria por saber que dera a vida pelo evangelho: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça do Senhor”.

No Evangelho, Jesus pergunta aos apóstolos o que diziam sobre Ele, pergunta provocativa intencionando também que se posicionassem sobre “o que significava Ele para eles”? É a pergunta que todos deveríamos nos fazer: “Qual o significado e o sentido de Cristo em nossas vidas”?

Pedro afirma com clareza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16). Em resposta, Jesus revela a Pedro: “Por isso Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja”. O jogo de palavras “Pedro e pedra” é bem compreensível. Pedro é rocha firme sobre a qual Jesus constrói a Igreja: “Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus e tudo que desligares na terra será desligado nos céus”. Tudo isso não quer ser interpretado num sentido quase mágico de “poder sobre Deus”, mas que a Igreja ficará irrevogavelmente ligada ao encargo de Pedro. É ele que deve confirmar os seus irmãos (ãs), ficando fora de qualquer dúvida que a função daquele que foi o primeiro Papa se continua substancialmente nos seus sucessores. Se, de um lado Pedro não pode suplantar a multiplicidade dos enviados, nem os diversos mandatários de Jesus Cristo (apóstolos, bispos, etc.), por outro lado estes não podem prescindir de Pedro na sua singular função de garantir a autenticidade da Igreja. Assim torna-se evidente que cada um dos apóstolos e dos futuros pastores têm, em sua comunhão com Pedro, uma eminente prova da legitimidade do seu pastoreio. Obriga-nos este fato então a uma pergunta: “É também Pedro a pedra para nós”? Pedro age na terra, mas atinge o céu. Hoje o Papa Francisco é esse Pedro!

[Fontes: "A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração", " Intimidade Divina" e "Falar com Deus" / adaptação: Wilson]

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