LITURGIA / ANO B – 20º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19/AGO/ 2018

* SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA *


1a Leitura - Ap 11,19; 12, 1.3-6.10: Uma mulher vestida de sol.

2a Leitura - 1Cor 15,20-27: Assim também em Cristo todos reviverão.

Evangelho - Lc 1,39-56: O Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor.

A Festa da Assunção, conforme os escritos de padres e doutores da Tradição da Igreja, celebra que o corpo de Nossa Senhora não sofreu corrupção após a morte tendo sido glorificado e alcançado o céu onde refulge à direita de seu Filho, o imortal rei dos séculos (da Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus, do papa Pio XII).
Conforme o Catecismo da Igreja Católica, coordenado pelo Cardeal Joseph Ratzinger (hoje papa emérito Bento XVI), em trabalho conjunto com bispos de todo o mundo no período de 1986 a 1992, “a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (§966).
A 1ª Leitura da missa, extraída do Apocalipse, leva-nos a associar o mistério de Maria ao mistério da Igreja. Na mulher que dá à luz a um Filho que vai reger as nações e levar a salvação aos povos, vemos certamente Maria e vemos também a Igreja que continua a dar Cristo ao mundo.
Na 2ª Leitura ouvimos São Paulo falar à comunidade de Corinto acerca da ressurreição de Cristo e da nossa própria ressurreição. Não podemos dissociar Maria deste plano divino. Ela constitui as primícias dos ressuscitados, a primeira da família humana a participar do triunfo de Jesus: ”O essencial da mensagem da festa da Assunção é reavivar a esperança na própria ressurreição” (Pio XII ao proclamar o dogma da Assunção).
Nesse sentido, o Cântico do Magnificat (Evangelho) é um resumo de todas as esperanças de Israel e, ao mesmo tempo, uma expressão condensada da fé, da esperança e do amor da Igreja, o novo Povo de Deus. “A mãe de Jesus, glorificada já em corpo e alma conforme celebra hoje a Festa da Assunção, brilha como sinal de esperança segura e de consolação para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (2Pd 3,10) ” (Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja §68).

[Fontes: “Nas Fontes da Palavra”, “Falar com Deus”, “A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração”, “Catecismo da Igreja Católica”, “ Constituição Dogmática Lumen Gentium” e “Liturgia das Horas: Ofício das Leituras, 2ª Leitura - Papa Pio XII” / adaptação: Wilson]

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