LITURGIA / ANO B – 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 18/NOV/2018

* A esperança cristã *


1a Leitura -

2a Leitura -

Evangelho - Mc 13,24-32. Ele reunirá os eleitos de Deus em toda a terra.

Estamos chegando ao final de mais um “ano litúrgico” (este é o penúltimo domingo) e a liturgia nos propõe leituras que, fazendo referência aos “últimos tempos”, querem nos convidar à “vigilância” e a atenção ao tempo presente.

Na 1ª Leitura, o profeta Daniel fala com acentos fortes sobre os últimos tempos: “E será um tempo de angústia como nunca houve até então, desde que começaram a existir as nações” (Dn 12,1b).

O Evangelho segue abordando o mesmo tema: “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas” (Mc 13,24-25). Em parte, as profecias sobre as calamidades referidas na 1ª Leitura e no Evangelho se referem a fatos históricos iminentes de sua época, respectivamente sobre a perseguição dos israelitas por parte dos reis pagãos no Antigo Testamento e a destruição de Jerusalém no Novo Testamento.

Entretanto, no sentido pleno, também se referem ao final dos tempos da vida terrena. Quando e como acontecerá o fim do mundo Jesus afirma aos discípulos no Evangelho deste domingo: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai” (Mc 13,32).

O fim do mundo não deve ser esperado pelo cristão como obrigatoriamente um fato histórico, isto é, manipulado por culpa do egoísmo humano, ou devido a um cataclismo cósmico. Todos devem estar prontos para a vinda de Cristo, mas Deus não é alcançado pelos nossos cálculos. Cristo veio uma primeira vez ao mundo na humildade: “Se ofereceu em um sacrifício único pelos pecados e sentou-se para sempre à direita de Deus” (2ª Leitura). Tudo converge para a vinda “Daquele que está sentado à direita de Deus” e voltará no fim dos séculos para recolher os frutos de sua obra redentora. “Então vereis o Filho do homem… e reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade à outra da terra” (Mc 13, 26). Aqui se fundamenta a esperança cristã. O cristão hoje vive em uma sociedade que em grande parte se mantém a margem do Evangelho. Somente uma fé vigilante e um espírito de oração podem evitar o embotamento da percepção para que seja possível discernir o ‘permanente’ do que é ‘mutável’. A esperança cristã nos dá força para superar os desafios e também o cansaço na rotina dos afazeres diários no lar, na comunidade, no trabalho, nas enfermidades, nas dificuldades econômicas, enfim nos contratempos da vida.

A eucaristia que celebramos atualiza a cada dia o sacrifício que Jesus fez de si mesmo e torna possível suas múltiplas vindas em nosso meio agora e como antecipação de sua última vinda!

[Fontes:” Nas Fontes da Palavra”, “A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração” e “Intimidade Divina” / adaptação: Wilson]

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