LITURGIA / ANO C – 02º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO – 09/DEZ/2018

* Preparando os caminhos do Senhor *


1a Leitura - Br 5,1-9: Deus mostrará teu esplendor.

2a Leitura - Fl 1,4-6.8-11: Que o vosso amor cresça sempre mais.

Evangelho - Lc 3,1-6: E todas as pessoas verão a salvação de Deus.

A vinda do Messias foi precedida no Antigo Testamento por profetas que anunciavam de longe a sua chegada: “Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e olha para o oriente! Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo” (1ª Leitura).

É nesse tempo litúrgico que surge a figura de João, o Batista. No Novo Testamento, João aparece como a linha divisória entre os dois Testamentos. É a personificação dos tempos antigos e o anúncio dos novos. Como representante dos tempos antigos, nasce de pais anciãos; como arauto dos tempos novos, João foi chamado o Profeta do Altíssimo porque sua missão foi ir à frente do Senhor para preparar os seus caminhos. Ele percorreu a toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão: “Esta é a voz daquele que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor. Todo o vale será aterrado, toda a montanha e colina serão rebaixadas… e todas as pessoas verão a salvação de Deus” (Evangelho). Esta é a vocação de João Batista: preparar para Jesus um povo capaz de receber o Reino de Deus e, por outro lado, dar testemunho público d’Ele. Foram muitos os que conheceram Jesus graças ao trabalho apostólico do Batista. Os primeiros discípulos seguiram Jesus por indicação expressa dele. À medida que Jesus vai se manifestando, João procura ficar em segundo plano e sai de cena gradativamente afirmando: “Importa que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30). A atitude de João é uma enérgica lembrança contra o desordenado amor próprio que sempre nos incita a colocar-nos indevidamente no primeiro plano. O precursor indica o caminho a seguir e se nos dispomos a tentar ajudar no preparo de nossos amigos (as) para que encontrem a Cristo, não seremos protagonistas, mas instrumentos e servos de Deus. Entretanto, é bom lembrar que mais do que sermos servos, Cristo nos trata como amigos: “Já não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai” (Jo 15,15). Somos, portanto, amigos e aliados de Deus na missão de aproximar de Jesus muitos que estavam longe ou indiferentes como fez o Batista. Mas, sem perdermos de vista que é a graça de Deus e não a nossa capacidade humana que leva as almas para Cristo. E como ninguém dá o que não tem, torna-se urgente um esforço para que cresça nossa vida interior conforme nos exorta São Paulo na 2ª Leitura: “Que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor.

[Fontes: “Intimidade Divina” e “Falar com Deus” / adaptação: Wilson]

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